7 de out. de 2011
E assim aconteceu...
Desde a mais tenra infância, o Flamengo faz parte da minha vida, e creio que da maioria de nossa torcida. Assim como amor de pai e mãe, o amor ao Mengão não pode ser respondido com base em revides reducionistas como: "Ah, você só é Flamengo porque seu pai é". Como se fosse errado, proibido, torcer pelo Fla, a não ser que seu pai seja torcedor de outro clube. E como se ninguém das outras torcidas tivesse pais do mesmo time. Mas é aquela parada: Flamengo desperta as mais variadas invejas, e por isso certas máximas sobre o time (torcida feia, filhos da mídia, "flamenguista é igual católico, qualquer um diz que é", etc.) sempre serão veiculadas pelos desgostosos de plantão.
O dia das crianças se aproxima, e também o dia do jogo contra aqueles que, de acordo com os ditames populares, teriam sido nossos pais (É, os Flores). Que flamenguista nunca ouviu um tricolete dizer "Respeitem que vocês vieram da gente". Tá, isso é forma deles terem algum vínculo desesperado conosco, afinal, todo mundo quer ser Flamengo, e como não podem, inventam histórias. Mas pera lá, tricoletes: vocês não são responsáveis por nosso clube não! Caso não saibam, o Clube de Regatas do Flamengo surgiu a partir de moradores do homônimo bairro carioca, que inauguraram o clube em 17 de novembro (E depois convencionou-se a data de comemoração do nosso clube no 15, talvez para cair juntamente com o Feriado da Proclamação da República, uns dizem). Regatas, vejam bem, essa foi a nossa primeira categoria esportiva. Portanto, o Clube existia antes do futebol, compreendem? Já em relação ao futebol, dissidentes do Flores Futebol Clube e liderados por Alberto Borgeth (que era remador do Flamengo e jogava futebol no Fluminense) fundaram o time futebolístico que viria ser o maior do mundo. Dissidentes, portanto, discordantes. Borgeth, em uma máxima atitude (de macho, diga-se de passagem), entendeu que ali não tinha futuro!
Então, amigos tricoletes, não, vocês não são responsáveis por nossa criação. Acontece que, em início do século XX, pessoas sensatas optaram por algo superior, optaram por fazer parte de algo maior: o Flamengo.
Dedicado a Marly Ferreira Paulino da Silva, minha mãe, tricolor, que amo muito, mas insiste em torcer mal.
Nota do Blog:
O rubro-negrismo vem de berço, do útero, da origem da vida. Os que se tornam rubro-negros com o passar do tempo, apenas demoram pra perceber o rubro-negrismo existente em si.
Estes pequenos flabençoados chegam ao mundo com uma força inversamente proporcional aos seus tamanhos, pois carregam com eles o amor e a raça de 40 milhões de pessoas e o peso de 115 anos de magia, diversos títulos e ídolos. Tristes são as crianças que ainda não possuem a mesma sorte, que ainda não vestem as mesmas cores. Mas sempre há tempo de salvá-los.
Pra você que não quer ver seu filho amargar tanto sofrimento, indico um belíssimo post do Primeiro Penta com 10 passos pra se fazer uma criança flamenguista, feito pela nossa querida amiga Dani Souto. Veja como educar seu filho corretamente e lhe dê toda a felicidade possível, porque um dos segredos do sucesso na vida é ter uma infância feliz, e o sorriso do seu filho será a sua maior vitória.
Saudações Rubro-Negras
"Eu queria ser um poeta para poder te explicar,
mas não consigo traduzir o sentimento de amor que a gente tem pelo Flamengo."
Na minha família o único que sabia torcer era o meu avô, que já nem está mais presente entre nós. Eu não sou flamenguista por influência de ninguém. Afinal meu pai é botafoguense e meus irmãos torcem para o Fluminense e pelo São Paulo. Meu avô sempre me falou de como ele amava o Flamengo. Ele abria um sorriso todas as vezes que o Flamengo entrava em campo e a torcida cantava o hino. Eu me encantei com o Flamengo. Com o manto sagrado. Não entendo como alguém não torce para o Flamengo! É tipo impossível! Eu só fui em um jogo do Flamengo de futebol (e 2 de basquete, porque eu moro no ES e é mais difícil para eu ir aos jogos) que foi o Flamengo x Ceará em Macaé no 1ª turno do Brasileirão deste e ano e apesar do empate eu gritei, torci e eu sai feliz do estádio porque o Flamengo nos proporciona felicidade. Enfim, meu avô não estava presente para ver o Flamengo ser campeão Brasileiro de 2009, mas eu sei que ele ficou feliz aonde quer que ele esteja :)
ResponderExcluirE parabéns pelo blog!
Uau...fiquei sem palavras...rsrsrs.
ResponderExcluirÓtimo post!!! Vcs estão de parabéns!!!
Sou Flamenguista desde que me entendo por gente,apesar de tb ter pais que insistem em torcer mal: são tricoflores... :( kkkkkkk
(...)"Respeitem que vocês vieram da gente". Tá, isso é forma deles terem algum vínculo desesperado conosco, afinal, todo mundo quer ser Flamengo, e como não podem, inventam histórias.(...)
ResponderExcluir...
Sem dúvida! Não há verdade maior que essa!
A necessidade maior do homem é seu progresso, sua busca pelo bem estar, pela felicidade... Ou seja: nesse contexto, SER FLAMENGO.
Imaginem que meu pai é bostafoguense... pobre coitado! Eu tinha que salvar a família. Como tenho uma afinidade monstra com meu avô, tinha curiosidade em saber dele o porquê da satisfação em assistir os jogos do Flamengo... Me lembro como se fosse hoje: eu tinha uns quatro anos quando perguntei-lhe o time e ouvi esse nome que me arrepia até hoje. "Ah, então eu também sou." - respondi com simplicidade. Não tive qualquer sombra de dúvida que era uma decisão definitiva, pela eternidade.
E hoje, somos seres superiores, invejados e apaixonantes.
Belo post!
Perfeito! Foi apenas uma dissidência!
ResponderExcluirQuanto ao lance de passar de pai pra filho, já não posso falar nem ensinar um método. Meu pai, que era paulista, torcia pro peixe. Minha mãe, carioca, só foi assumir a rubronegrice dela depois que eu, aos 5 ou 6 anos, declarei o meu amor eterno pelo Mengão.
Já meu filho mais velho, depois q virou intelectual, desprezou o futebol. E a mais nova eu perdi para a cachorrada.
E olha que eu sempre os levava ao Maraca e os vestia com o manto...
DNA rubro-negro, graças a Deus eu tenho!
ResponderExcluirObrigado a todos pelos comentários e depoimentos!
ResponderExcluirIsso é sensacional. Essa Nação é sensacional!
Somos apenas um!
SRN!
@RenatoCroce