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30 de nov. de 2011

Heróis do Mundial - Lico

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Em sua autobiografia, Zico revelou que apenas uma vez sugeriu uma mudança ao técnico do time. Foi na véspera do jogo em que o Mengão devolveu a goleada de 6x0 sobre os Chorões, em 1981. Em sua opinião, Lico atuando como terceiro homem de meio-campo era indispensável à equipe, pela sua obediência tática e sua habilidade no toque de bola. O técnico na ocasião era Paulo César Carpegiani, que aceitou a sugestão do Galinho e colocou Lico no lugar de Baroninho. Com a mudança a equipe embalou de vez rumo a conquista em sequencia do  Carioca, da Libertadores e do Mundial em 1981.

É Lico, Antônio Nunes, o nosso homenageado de hoje da série Heróis do Mundial. Jogando como apoiador e ponta-esquerda, fez 129 jogos pelo clube, segundo a Flapédia. Foi Campeão Carioca em 1981, Campeão Brasileiro em 1982/83, Campeão da Libertadores e do Mundial em 1981, que segundo Lico, foi o maior time da história. 

"Foi um sonho. Foram tantas conquistas, e me deram a oportunidade de ir pra lá, apesar de eu já ter uma certa experiência. O nosso grupo era uma grande família, formada por craques. Desde o Raul até o Zico. Sem desmerecer o Santos de Pelé, mas aquele foi o maior time que eu já vi na história do futebol, marcou a trajetória mundial do esporte. Todos respeitavam a torcida e a camisa: não tinha corpo mole e nem briga". Disse Lico em entrevista.

Lico jogou em várias equipes de Santa Catarina desde o inicio da década de 70, e se tornou um dos raros casos de jogadores que só conseguiram sucesso na carreira após os 30 anos de idade, em 1980 quando se transferiu do Figueirense para o Mengão. O detalhe é que os dirigentes do clube quando o contrataram acreditavam que Lico tinha por volta de 20 anos de idade, o que fez surgir uma certa desconfiança sobre a sua contratação. 

Começou como reserva da equipe, entrando no segundo tempo das partidas. Após o "conselho" de Zico, Carpegiani o colocou como ponta-esquerda, cobrindo e liberando os avanços de Júnior, e Lico deslanchou no time. Foi peça importante criando oportunidades de gol com seus cruzamentos (fazia belos cruzamentos de trivela), tabelas e deslocamentos em velocidade pelas laterais ou pelo meio. Tinha um chute fortíssimo, que lhe rendeu 16 gols pelo Mengão. 

Atingido por uma pedrada no segundo jogo da Final da Libertadores contra o Cobreloa, Lico ficou de fora do último jogo em Montevidéu. Foi titular do time até 1983, quando sofreu uma série de lesões no joelho direito e foi obrigado a realizar várias cirurgias que fizeram com que encerrasse sua carreira em 1984. 

Após pendurar as chuteiras, Lico continuou ligado ao futebol e trabalhou como gerente de futebol do Joinville, como técnico dos juniores e do profissional do Avaí e supervisor de futebol do Londrina (PR). 

Veja um dos momentos deste time maravilhoso!
Juntou Lico, Zico e Adílio. O resultado?
Golaço de cobertura do nosso ponta-esquerda contra os Flores!
Flamengo 3x1 Fluminense
Campeonato Carioca - 3º Turno - 15/11/1981 - Estádio: Maracanã
Gols: Nunes, Lico e Tita.

Lico é um dos Heróis do Mengão!


Saudações Rubro-Negras   

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Rafael de Oliveira
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Imagem 1: FlaManolos
Imagens 2 e 3: Google com adaptação de FlaManolos

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"Eu queria ser um poeta para poder te explicar,
mas não consigo traduzir o sentimento de amor que a gente tem pelo Flamengo."

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3 comentários:

  1. Com a saída do Júlio César "Uri Geller" o Mengão perdeu um pouco de eficiência na ponta-esquerda, seus substitutos não se firmavam...
    O Adílio por vezes jogava por ali com o Vítor no meio-campo, mas o time perdia em criatividade.
    Com a entrada do Lico o time ganhou em ofensividade, pois o meio foi formado com Andrade(único marcador de fato), Adílio (ajudava na marcação e armava) e Zico.
    O sistema defensivo se manteve estável, pois os pontas auxiliavam na marcação, ajudando os laterais.
    Foi a "Revolução Lico", como muitos chamaram.

    SRN!

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  2. Sensacional, Rafael! Porra, brother.. que série foda de voces!!!!!! To favoritando todas!!!

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  3. Queria muito conhecer o Lico... Mais um show, Rafael!
    Era um time maravilhoso mesmo. Os laterais criavam, atacavam, defendiam... Zagueiros de muita qualidade, técnica e um volante MONSTRO. E o melhor: um time unido. Único...

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Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.