22 de mar. de 2012
Centenário de Glórias - Domingos da Guia
Nosso próximo ídolo na série Centenário de Glórias é um dos maiores zagueiros da história do futebol mundial. Se alguém montar a seleção de todos os tempos do Mengão, sua escalação será certa entre todos que conhecem a história do clube. Em toda sua carreira, sua melhor fase foi com o Manto Sagrado ao lado de Leônidas, Biguá, Valido, Pirilo e Zizinho, entre outros craques e ídolos rubro-negros.
Domingos é pai do Ademir da Guia, maior ídolo do Palmeiras, e irmão de Ladislau da Guia, maior artilheiro da história do Bangu. E foi no próprio Bangu que ele foi revelado, em 1929. Domingos da Guia logo partiu para o futebol internacional, em 1932, indo para o Nacional-URU. Jogou também no nosso eterno Vice e no Boca Juniors, sempre conquistando títulos e fazendo história. Chegou ao Mengão em 1936, com 25 anos, mas já apelidado pelos jornais argentinos de El Divino.
Domingos, na época, chegou a ser considerado o maior jogador brasileiro em atividade, algo improvável para um zagueiro. Ao contrário de seus companheiros de posição, jogava de cabeça erguida, driblando todos que tentassem entrar em seu caminho. Essa era sua marca registrada: dominava a bola, driblava o adversário e passava na direção do meio-campo, sempre de cabeça em pé. Jogada de extrema habilidade e risco, mas que sempre foi perfeitamente executada, sendo batizada depois de Domingada. Ele foi o primeiro zagueiro clássico do nosso futebol.
Considerado o maior zagueiro da história do futebol brasileiro, era um excelente marcador e não precisava usar a violência para desarmar seus adversários. Domingos tinha perfeita noção de colocação, se destacando na antecipação. Era muito inteligente e sempre observava bem o jogo, prevendo as jogadas adversárias. Zizinho, seu companheiro e também um dos monstros do nosso futebol, disse que montaria sua seleção ideal com quatro nomes certos: Pelé, Nilton Santos, Leônidas da Silva e Domingos da Guia.
De técnica refinada e estilo clássico, Domingos recebeu, já aos 20 anos, o apelido de Divino Mestre. Um exemplo do seu talento e fama foi um Mengão x Buátafogo disputado nas Laranjeiras. Domingos se antecipou ao atacante Heleno de Freitas e deu um chutão, algo raríssimo em sua carreira. Espantados, os tricoletes vaiaram o craque. Muito irritado com a situação, a fera deu a resposta no lance seguinte: na saída de bola, recebeu o passe do goleiro, posicionou-se na linha do gol e pisou na bola, chamando os adversários. Os rubro-negros do estádio não queriam ver aquilo, ao contrário dos tricoletes, encantados. Cinco alvinegros, liderados por Heleno, partiram para cima de Domingos e foram driblados, um por um. Foram cinco dribles secos. Na sequência, Domingos acertou um lançamento de 50 metros e deixou Vevé na cara do gol. O estádio inteiro explodiu.
Foram no total 223 jogos pelo Mengão, comandando a nossa zaga sempre com muita qualidade, conquistando o Carioca de 1939, 42 e 43. Defendeu também a seleção brasileira, disputando 30 jogos, inclusive a Copa do Mundo de 1938. Foi campeão da Taça Rio Branco, em 1931 e 1932, e da Copa Rocca em 1945. Após sair do Mengão, em 1943, Domingos foi para o Corinthians, onde também fez história antes de se aposentar no clube que o revelou, o Bangu, em 1949.
Domingos é um dos Heróis do Mengão!
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Saudações Rubro-Negras
"Eu queria ser um poeta para poder te explicar,
mas não consigo traduzir o sentimento de amor que a gente tem pelo Flamengo."
Entre grandes nomes que já vestiram nosso Manto, Domingos é o maior zagueiro da história do Mengão!
ResponderExcluirSRN!
Vcs estão de sacanagem! Dedé tem classe e deve ter mais gols que esse cara em toda vida. Força a barra não!!!! Sem contar o Mauro Galvão!!!!!
ResponderExcluirO amigo aí em cima que diz uma coisa dessas não tem noção das coisas. Pra começar, era outra cultura no futebol. E Domingos não foi um zagueiro comum, foi um revolucionário, completamente à frente dos demais no seu tempo, há mais de 70 anos atrás, no berço do futebol. Mas obrigado pelo comentário, mesmo que completamente sem noção.
ResponderExcluirÉ incrível como inveja mata né...
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